O surgimento de mais uma subvariante da ômicron confirma o que especialistas e órgãos de saúde já alertavam: a pandemia de covid-19 ainda não acabou e a mutação do coronavírus é mais rápida do que o processo de atualização das vacinas.
A BQ.1 surgiu a partir da subvariante BA.5 e está entre as mais de 300 sublinhagens da variante ômicron que circulam no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a BQ.1 já foi detectada em 65 países.
No Brasil, ao menos cinco estados já registram casos da subvariante: São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Amazonas. No dia 09/11 foi confirmada a primeira morte associada à nova subvariante BQ.1 no país. A vítima é uma mulher de 72 anos que apresentava comorbidades e ficou sete dias internada em um hospital em São Paulo. Maior poder de escape A subvariante BQ.1 contém mutações genéticas na proteína de superfície spike que dificultam o reconhecimento e a neutralização do vírus pelo sistema imunológico.
Isso faz com que as pessoas se infectem com mais facilidade, apesar da imunidade gerada pela vacina e por infecções anteriores. Segundo a OMS, essas mutações teriam conferido uma vantagem à BQ.1 em comparação a outras sublinhagens e, por isso, ela está se espalhando com certa rapidez na Europa e nos Estados Unidos.
Com base no conhecimento disponível, a proteção gerada pelas vacinas (tanto as monovalentes quanto as bivalentes) pode ser reduzida, mas ainda não há dados epidemiológicos que sugiram um agravamento nos sintomas da doença. Subvariante avança nos EUA e na Europa Em outubro, a subvariante BQ.1 já correspondia a 27% dos casos de covid-19 nos Estados Unidos.