O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) deve levar em consideração indicadores socioeconômicos na hora de fazer repasses a prefeituras e governos estaduais. É o que determina projeto do senador Eduardo Braga (MDB-AM), aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e que passou a ser analisada na última semana pelos membros da Comissão de Educação do Senado.
Um dos principais pontos da medida atende à demanda defendida há anos pela Confederação Nacional de Municípios (CNM): que a variação de valor per capita da merenda escolar também considere indicadores socioeconômicos e a capacidade fiscal das cidades e estados.
Para o professor de Economia do Ibmec Brasília, William Baghdassarian, investir em merenda escolar representa investir na qualidade da educação: “A gente sabe que o investimento na alimentação das crianças é um investimento direto na qualidade da educação que elas vão ter, porque ninguém aprende com fome”.
Benefícios
Baghdassarian lembra que além da questão social – “que é muito importante” – o país que investe na qualidade da educação possibilita às pessoas uma produtividade melhor. “A gente explica a diferença entre diversos países muito pela questão da capacidade das pessoas de desempenhar trabalhos sofisticados”, observou o especialista. “Às vezes, um trabalho pouco sofisticado de um americano é pequeno, mas quando você pensa em questões de software, inteligência artificial ou informática, a gente tem muito mais pessoas empregadas nesse tipo de coisa nos países desenvolvidos do que no Brasil”, defendeu.
“No Brasil, a gente tem muita gente empregada em atividades de baixo valor agregado e isso faz com que a renda total acabe sendo menor do que poderia”, esclareceu o professor de Economia, para concluir em seguida: “Então, a educação é exatamente para suprir essa lacuna e a pessoa alimentada vai produzir muito mais”.
Fonte: Brasil 61
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