O Brasil se despede hoje de um dos maiores nomes da dramaturgia nacional. Francisco Cuoco, ator que marcou gerações com sua elegância, carisma e talento, faleceu aos 91 anos, deixando um legado incomparável na história da televisão, do teatro e do cinema brasileiros.
A informação foi confirmada pela Globonews nesta quinta-feira (19). Cuoco estava internado há cerca de 20 dias no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde permaneceu sedado, enfrentando complicações de saúde relacionadas à idade e a um ferimento infeccionado. A causa exata da morte não foi divulgada.
Francisco Cuoco nasceu na capital paulista em 29 de novembro de 1933. Em sua longa e brilhante carreira, viveu personagens que atravessaram décadas e encantaram milhões de brasileiros. Sua estreia na TV Globo aconteceu em 1970, na novela Assim na Terra Como no Céu, interpretando o padre Vitor. Mas já naquele mesmo ano, um fenômeno curioso se deu: Cuoco podia ser visto ao mesmo tempo na Globo e na extinta TV Tupi, que exibia Sangue do Meu Sangue, novela que ele protagonizou em 1969 na TV Excelsior.
Sempre versátil e intenso, Cuoco transitou com maestria entre o drama e o romance, entre vilões e mocinhos. Sua voz, seu olhar e sua postura em cena fizeram dele um verdadeiro mestre da atuação. Além dos palcos e das telas, Francisco Cuoco era também pai dedicado de três filhos — Tatiana, Rodrigo e Diogo — e avô amoroso.
O Brasil perde um artista que ajudou a construir a identidade da teledramaturgia nacional. Fica a saudade, os aplausos eternos e a certeza de que Francisco Cuoco continuará vivo em cada reprise, em cada memória, em cada coração tocado por seu talento.
Descanse em paz, Cuoco. A cortina se fecha, mas o brilho do seu talento jamais se apagará.